Viemos, por meio
desta carta, apresentar a todxs xs companheirxs que militam conosco no
movimento estudantil de Educação Física e/ou no movimento estudantil geral o
resultado de um processo de luta comum que culminou na união de dois grupos de
estudantes que agora, juntos, caminham ombro a ombro na luta “por um mundo onde
sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Apresentamos, inicialmente, o que é o Coletivo Lutar e Construir e como este se
organiza nos locais de estudo, trabalho e moradia. Em seguida, a concepção de
Movimento Estudantil que orienta a nossa atuação e a concepção de Organização
Política que sustenta a nossa luta e, por fim, falamos da aproximação dos dois
grupos de estudantes em questão e das perspectivas que temos para este ciclo.
O Coletivo Lutar e
Construir é um grupo político que se organiza no interior da Bahia, e é
composto por estudantes e trabalhadores. Inicialmente, o coletivo era composto
tão somente por estudantes de Educação Física e atuava via Diretório Acadêmico
de Educação Física na Universidade Estadual de Feira de Santana e na Executiva
Nacional dos Estudantes de Educação Física. Diante da necessidade de expandir a
luta para pautas mais gerais, o coletivo cresce com a entrada de estudantes de
História e Medicina e com a atuação, também, no Diretório Central de Estudantes
da UEFS e na Articulação Nacional - com coletivos do Brasil. Precisamos, ainda,
esclarecer a questão de termos trabalhadores em um coletivo que inicialmente
reivindicava-se enquanto um coletivo de ME. Com a graduação de alguns de nossos
militantes mais antigos e com a falta de grupos políticos aos quais convergíssemos
com a política na região Nordeste/Bahia, houve a necessidade de manter esses
militantes organizados via Lutar e Construir, para, ao menos, continuarem
pautando a formação política e a atuação organizada.
Neste sentido, apesar de não ser formado apenas por estudantes, o coletivo Lutar e Construir tem no Movimento Estudantil de Educação Física o seu principal campo de atuação, logo, o entendimento e as ações políticas perante o MEEF sempre se aproximaram do que nós, enquanto Diretório Acadêmico de Educação Física da UNEB-Alagoinhas, entendemos como a melhor análise do cenário político e conjuntural que temos atualmente, entre elas o não reconhecimento de entidades que não conseguem dar respostas aos estudantes - tendo como sua maior representação a UNE - e a necessidade de reorganização do movimento estudantil pela base.
Neste sentido, apesar de não ser formado apenas por estudantes, o coletivo Lutar e Construir tem no Movimento Estudantil de Educação Física o seu principal campo de atuação, logo, o entendimento e as ações políticas perante o MEEF sempre se aproximaram do que nós, enquanto Diretório Acadêmico de Educação Física da UNEB-Alagoinhas, entendemos como a melhor análise do cenário político e conjuntural que temos atualmente, entre elas o não reconhecimento de entidades que não conseguem dar respostas aos estudantes - tendo como sua maior representação a UNE - e a necessidade de reorganização do movimento estudantil pela base.
O movimento
Estudantil por si só não é revolucionário, traz consigo várias características
que não o colocam como protagonista do processo, porém, entendemos que os
estudantes, enquanto classe trabalhadora em formação, necessitam incorporar a
luta dos trabalhadores, além de poderem dar grandes contribuições para a
atuação revolucionária do proletariado.
Em tempos de
fragmentação da luta e de afastamento cada vez maior da base dos movimentos, é
importante que haja organização por local de estudo, trabalho e moradia.
Primeiro por que somos poucos militantes e as demandas da militância são
inúmeras e muito árduas, o que impossibilita nossa participação em todos os
espaços que consideramos importante. Segundo, atuando em poucos espaços as
demandas já são muitas, se formos atuar em todo local que encontrarmos vamos
ser consumidos pelas demandas, levando-nos a desenvolver apenas atividades
“práticas”, reproduzindo o vício praticista, pois não teremos tempo para o
desenvolvimento de atividades práticas de estudo que são fundamentais para uma
práxis militante qualitativa. E em terceiro, que nossos locais de estudo,
trabalho e moradia são espaços do nosso cotidiano, onde temos contato
diretamente com estudantes, trabalhadores e estes que são a base do movimento.
Essa concepção não anula que por convergência política dois grupos de
estudantes unifiquem sua luta dentro de uma mesma organização, atuando dentro
de uma mesma lógica militante. Mesmo que geograficamente distantes, se temos a
possibilidade de fazer uma mesma luta com camaradas valorosos, então lutemos!
Portanto, pelo
compromisso que temos com o MEEF e os estudantes que compõem este movimento, e
por entendermos que o Coletivo Lutar e Construir tem uma expressiva inserção no
conjunto do MEEF, avaliamos ser importante apresentar o processo que resultou
na fundação de um núcleo do Coletivo Lutar e Construir.
O curso de Educação
Física da Uneb - Alagoinhas é um curso recente e a organização dos estudantes,
enquanto Diretório Acadêmico, também. Como “toda” luta, nasce das necessidades
imediatas e, não tão diferente de outras realidades, lutava apenas por melhores
condições estruturais da Universidade. Com a inserção no MEEF outros olhares orientam
as lutas do D.A., mas, ainda assim, de forma bem tímida. Apenas quando em
contato mais direto com militantes do Coletivo Lutar e Construir (UEFS), e nos
aproximando da Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (ExNEEF), é
que passamos a entender que a Educação Física não está descolada do mundo,
dentro de uma bolha. A partir daí, sentimos a necessidade de estudar e de nos
apropriar da teoria que melhor explica a realidade, que a julga a partir de um
posicionamento (de classe) e que propõe a mudança – a superação da sociedade de
classes. É claro que entendemos os limites do Movimento Estudantil, e é sabido
que este por si só não defende a classe trabalhadora e tampouco é
revolucionário, mas também reconhecemos a importância deste na formação de
quadros que atuarão junto à classe trabalhadora e mais tarde enquanto classe
trabalhadora, de fato. Por isso mesmo, nos aproximamos (Uneb-Alagoinhas) do
Coletivo no sentido de pensar estratégias de organização dos estudantes para
além do Diretório Acadêmico. Inicialmente sem saber ao certo se teríamos um
Núcleo do L.C. ou um outro Coletivo e, a partir de reuniões de estudos, estudos
que orientam os princípios do Coletivo, chegamos à conclusão de que, para este
momento, seria melhor a criação de um núcleo, e no dia dez, deste mês de maio,
foi fundado o Núcleo do Coletivo Lutar e Construir – Alagoinhas - BA.
Sendo assim,
entendemos que a organização enquanto coletivo é importante para um salto
qualitativo na consciência dos estudantes/trabalhadores, logo, a criação do
núcleo do Lutar e Construir é um avanço tanto para os seus integrantes no
processo de reorganização, quanto na contribuição da luta pela defesa das
bandeiras tocadas pelo MEEF. Nossa tarefa agora é intensificar a luta e sabemos
que não será fácil, mas será para vencer!
Coletivo Lutar e Construir
31 de maio de 2014
Alagoinhas-Ba
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